Vereadores cobram Governo após caos na Avenidado CPA com fechamento de retornos

POLÍTICA / NÓ NO TRÂNSITO

Os vereadores de Cuiabá criticaram as obras de implantação do BRT, que nesta terça-feira (30.09) provocaram colapso no trânsito da Avenida do CPA, uma das principais vias da capital. O fechamento definitivo dos retornos ao longo da avenida resultou em filas quilométricas de congestionamento.

Um dos pontos mais afetados foi o retorno em frente à Kadri, que deixou de funcionar. Agora, os motoristas precisam utilizar o chamado “laço de quadra”: após passar pela Kadri, devem entrar à direita na Rua Desembargador Carlos Avalone, seguir pela Av. Cássio Caberlin, depois pela Av. Etiópia, até retornar à Av. do CPA. Já quem vem do CPA em direção ao Centro deve acessar a Rua Mestre Teodoro Lourenço da Costa, virar à esquerda na Rua Conselheiro Dr. Ênio Vieira e, em seguida, retornar para a via principal.

O vereador Rafael Ranalli (PL) criticou o impacto imediato da obra e pediu a intervenção do governador Mauro Mendes (União).
“Não tem jeito. Quando a gente está na Avenida do CPA, quem é xingado é o senhor governador. Ajude a organizar aquele trânsito, está caótico. Sei que a obra é necessária, mas a engenharia de tráfego precisa funcionar”, disse.

Alex Rodrigues (PV), presidente da Comissão de Obras da Câmara, apontou falta de informações da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra). “Temos dificuldade enorme em obter respostas da Sinfra. Não somos contra o BRT, queremos a obra pronta, mas não temos previsão de abertura de vias nem clareza sobre o andamento. Estamos no escuro”, afirmou.

O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) defendeu a continuidade dos trabalhos, mesmo com transtornos. “O pior cenário seria desistirmos da obra, como aconteceu com o VLT. É um sacrifício, mas precisamos pressionar para que seja concluída o mais rápido possível”, avaliou.

Já a vereadora Dra. Mara cobrou alternativas para o tráfego. “Precisamos urgentemente de soluções ou maior celeridade na execução. O Ministério Público já apontou essa necessidade de rotas alternativas”, destacou.

Agentes da Secretaria de Mobilidade Urbana e Segurança Pública estão orientando motoristas nos novos trajetos, mas os vereadores reforçam que a situação exige respostas mais rápidas do governo estadual e da Sinfra.